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EXPOSIÇÃO BRINCANDO COM ARTE

A exposição 'Brincando com Arte', do artista plástico José Augusto Silveira, na Arte em Moldura (Copacabana), foi realizada com sucesso. 

A vernissage contou com um público de mais de 200 pessoas. 'Brincando com arte' foi uma exposição relâmpago, ficando do dia 13 ao 15 de agosto de 2015 em cartaz. A curadoria ficou a cargo de Álvaro Nassaralla, produtor cultural do IIAN (Instituto Internacional de Arte Naif). 

A mostra reúne pela primeira vez as 38 obras (fotogravuras) que foram criadas para o vídeo intitulado "O Dito e o Visto: Ode à Criação Libertária", onde cada imagem é acompanhada por um texto. Os textos têm cunho poético-filosóficos e foram escritos e narrados pelo próprio artista.





José Augusto Silveira assinando todas as obras antes de emoldurar para a exposição. 






Making of





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Lançamento do vídeo "O Dito e o Visto: Ode à Criação Libertária" (Janeiro de 2014)

O vídeo foi lançado no Auditório da Livraria da Travessa (Leblon), no dia 14 de janeiro de 2014,  (Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v= YDHVK2YsXEc). 












O Dito e o Visto: Ode à Criação Libertária é um trabalho experimental de arte multimídia, onde a exposição das gravuras são acompanhadas por textos do mesmo autor, provocando uma mistura de poesia, filosofia, história do mundo, abrangendo inclusive a cosmologia.

A junção das imagens com os textos gravados pela voz do próprio autor pretende ultrapassar a barreira da apreciação visual da obra de arte sem, no entanto, prender o expectador, e sim, de outra forma, permitindo-lhe descortinar interativamente novas possibilidades de compreensão com o discorrer do texto numa viagem histórica da criação do cosmos e da vida.

O visto, construído em formas e cores, é pura percepção do artista em relação a seu próprio ser. O dito, realizado pelas palavras faladas de seus vários vistos, é a possibilidade de entendimento de seu olhar também para consigo mesmo.

A maioria das gravuras tem uma concepção referenciada na arte naif embora o trabalho gráfico como um todo não esteja preso inteiramente às características desse estilo artístico, desaguando em um naif contemporâneo em que são absorvidas influências da arte pop, surrealista e abstrata.

Naif, pelo seu colorido e simplicidade gráfica; surrealismo, por suas formas baseadas na fantasia, no inconsciente e nos sonhos; e pop, quando aparece o figurativismo realista, configurando os costumes e os aspectos sociais de nosso mundo contemporâneo, como por exemplo, na imagem intitulada “Profecia Escatológica: a Flor de Hiroshima”, onde o cogumelo atômico empilha aos seus pés milhares de cabeças humanas, animais, carros, casas, barcos, tendo como fundo um céu sinistramente roxo-apocalíptico.

O estilo de José Augusto envolve o preenchimento das cores de uma forma muito particular no sentido de que os espaços são cobertos de hachuras em caneta esferográfica e, depois, com retoques de lápis de cor e canetas hidrocor.

Suas formas são normalmente sinuosas e orgânicas. Sobre essa aspecto, Silveira diz:

“Nós somos orgânicos, sinuosos e luminosos desde sempre. Nosso cosmos é colorido, é de luz, de curvas organicamente delineadas, e é um cosmos já realizado para nós e, ao mesmo tempo, por nós”.



Conceitos filosóficos da obra

A arte não pode ser reduzida a uma prestação de serviços. Ela deve ir adiante, questionando, provocando, como também, estimulando, cruzando e derrubando a barreira do conhecimento estabelecido. Ela deve promover o choque entre as barreiras existentes em torno do conhecimento racional e do sentir: até mais que isso, criar uma mixagem entre o pensamento e o sentimento.

O trabalho não tem por objetivo entreter, e, sim, levar à reflexão de temas como a liberdade criativa nas artes, em contraposição a crítica à sociedade de consumo e à capacidade destrutiva do homem e, também, à reflexão da evolução humana e sua interface com a tecnociência.

Na crítica à sociedade de consumo há uma preocupação quanto a ausência do pensamento enquanto bem humano desenvolvido evolutivamente, e agora, substituído em grande parte pela pura ação instrumental (Escola de Frankfurt – Marcuse).

Por outro lado, os textos são influenciados também pelo pensamento de outros filósofos modernos tais como Heidegger, Nietzche e Foucault.

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